Recentemente a Sony anunciou que o Playstation 5 vai ser lançado no fim de 2020 e muitos gamers já estão começando a fazer suas economias e se preparar para a chegada de mais uma geração de console da Sony

Atualmente temos três grandes empresas liderando o mercado de consoles de videogame pelo mundo: Sony, Microsoft e Nintendo. Mas isso não quer dizer que todos os seus videogames tenham obtido sucesso. Alguns prometeram mais do que entregaram, outros falharam em todos os aspectos e por aí vai. Além dessas três grandes empresas, muitas outras tentaram conquistar um espaço no coração dos gamers ao longo dos anos. 

Foram muitas tentativas, muitas mesmo. E é exatamente por isso que surgiram todos os tipos de modelos possíveis de aparelhos eletrônicos no mercado dos games. Vamos conhecer e relembrar alguns desses consoles que falharam na vida.

Philips CD-i

Não, não é um aparelho VHS. A princípio, era pra ser um adaptador com leitor de CD para o Super Nintendo, idealizado por meio  de uma parceria entre a Nintendo e a Philips em 1991. Na época, o aparelho não foi divulgado como sendo um videogame propriamente dito e sim um aparelho eletrônico para sua residência. Seu design horroroso conquistou o total de zero pessoas e, para ajudar, os jogos eram terrivelmente mal desenvolvidos. Muitos gamers consideraram os jogos, ainda naquela época, como os piores títulos já lançados.

LaserActive

Foi a vez da Pioneer tentar revolucionar o mundo dos games. O LaserActive foi lançado em 1993 e rodava apenas CDs LaserDiscs, prometendo entregar uma experiência de jogos em alta qualidade, de um jeito que nenhum outro console havia feito até então. Mas, aí começa a série de problemas. 

Primeiro, poucos jogos foram desenvolvidos para o LaserActive, de modo que os gamers preferiram não trocar para um outro console com uma biblioteca de títulos bem mais limitada que os que já existiam no mercado. Segundo, o videogame da Pioneer custava 1.000 dólares, sendo que você precisava comprar os controles separadamente, por 600 dólares, cada! Naquela mesma época, o Super Nintendo custava 200 dólares e já vinha com todo o equipamento necessário para começar a jogar. Ou seja, infinitamente mais custo benefício. 
O LaserActive foi descontinuado em 1996 depois de ter se consolidado como um grande fracasso.

Wii U

Depois do sucesso do Wii, a Nintendo trouxe o Wii U em 2012. Mas, contrário de seu antecessor, o Wii U acabou sendo um fracasso. Pra ter ideia, as vendas totais do Wii U representavam algo em torno de 15% das vendas do Nintendo Wii. O design tinha uma aparência semelhante à de um tablet e permitia os jogadores utilizarem múltiplas telas durante seus gameplays. 

Um pouco do fracasso nas vendas se deve ao fato de a Nintendo não ter conseguido atrair muitos desenvolvedores para o console, bem como sua inconsistência no lançamento de jogos chamativos. Mas, o principal motivo foi que, no fim das contas, muitos consumidores tiveram dificuldade para identificar o que o Wii U tinha de diferente do Wii. Essa confusão serviu para desestimular o público a investir no novo console.

Virtual Boy

Em 1995, a Nintendo fez um aposta na tecnologia VR e lançou o Virtual Boy. O console visava revolucionar o cenários dos jogos fornecendo uma experiência de imersão até então desconhecida pelos gamers. Gabando-se do mérito de ser o primeiro videogame a disponibilizar gráficos 3D em imersão, o Virtual Boy foi descontinuado em menos de um ano após o seu lançamento.

A Nintendo justificou a falha apontando defeitos como: alto preço do console, efeitos 3D limitados e poucos títulos lançados (somente 22). O Virtual Boy recebeu queixas, também, relacionadas à saúde de alguns jogadores, que relataram terem sentido sintomas como dores de cabeça, náusea e vista cansada, provocados pelos gráficos monocromáticos em vermelho do console. Além disso, os jogadores também reclamaram de dores no pescoço, após ficarem muito tempo com o console no rosto. O Virtual Boy é considerado até hoje como um dos maiores fracassos da Nintendo.

Sega Dreamcast

Pode até ser que você se lembre do Dreamcast e até já tenha jogado em um. Esse console da Sega trouxe várias utilidades inovadoras, como a possibilidade de jogar online e um memory card mais aprimorado e eficiente. 

O lançamento em 1998 foi até bem sucedido, mas as vendas começaram a despencar quando muitos desenvolvedores optaram por não lançar muitos títulos de jogos para o Dreamcast. Outro fator negativo é que o Dreamcast foi o primeiro videogame da 6ª geração de consoles, sendo rapidamente ultrapassado pelos seus sucessores, como o Playstation 2 (2000), Gamecube (2001) e Xbox (2001). O Dreamcast acabou causando graves prejuízos financeiros à Sega e foi descontinuado em 2001.

Sega Saturn

Um pouco antes do Dreamcast chegar às lojas, a Sega fez uma outra tentativa lançando o console Sega Saturn em 1995. Embora tivesse um hardware interessante, sua complexidade fez com que criar jogos para o console fosse uma tarefa difícil e trabalhosa demais para os desenvolvedores e, por isso, estes optaram por concentrar seus esforços criando títulos para outros consoles, como Playstation, Super Nintendo e Nintendo 64.

Neo Geo CD

Em 1994, a SNK lançou uma versão atualizada de seu console anterior (compatível com cartuchos). A intenção era fazer com que o Neo Geo CD fosse uma alternativa mais em conta com relação à outros consoles como Playstation e Nintendo 64, mas o aparelho não tinha vários dispositivos essenciais que os consoles das concorrências tinham. Um grande exemplo são os gráficos 3D, que vinham sendo adotados amplamente pela indústria dos games. O Neo Geo CD não tinha essa funcionalidade. Em 1997, a SNK encerrou a produção do videogame.

Ouya

O Ouya foi um projeto financiado no Kickstarter em 2012 que foi tido como o novo grande queridinho em meio aos gamers. Seu sistema operacional Android abria muitas portas para pequenos desenvolvedores de jogos. Mas em seu lançamento – em 2013 – as primeiras críticas foram intensamente negativas. A biblioteca de jogos era gritantemente menor que o que havia sido prometido e muitos jogos eram alguma versão de jogos já existentes em celulares. 

Mesmo com um valor baixo para ser adquirido, o Ouya apresentou problemas técnicos e de hardware suficientes para fazer com os consumidores desistirem de dar uma chance ao console. Com poucas vendas, não demorou muito para que a produção do Ouya fosse interrompida e o videogame caísse no esquecimento.

Game Boy Micro

O Game Boy Micro pretendia suceder o Game Boy Advance SP, com um design mais compacto e agradável. Mas, já começou errado.

Pra inicio de conversa, o Game Boy Micro não tinha retrocompatibilidade com os títulos dos Game Boys anteriores, o que já o fez perder muitos pontos por aí. O console também pagou um preço alto por ter sido lançado 10 meses depois do Nintendo DS, em 2005. O Nintendo DS era muito mais poderoso e permitia jogar também os títulos do Game Boy. O Game Boy Micro não tinha qualquer apelo pessoal que justificasse comprá-lo ao invés do Nintendo DS. Em 2008, a Nintendo descontinuou o videogame, optando por investir mais no DS.

N-Gage

A Nokia fez uma aposta e desenvolveu um console que era videogame e celular ao mesmo tempo. Só tinha um problema: ele não funcionava nem como videogame e nem como celular.

O design do N-Gage era um pouco grande demais, tornando pouco praticável usá-lo como aparelho celular (embora, em essência, seu design tivesse todas as características de um clássico celular Nokia da época). Além disso, o teclado numérico era bastante precário quando se tratava de usá-lo para jogar jogos. 

Assim como muitos outros consoles que já vimos aqui, outro problema era a péssima qualidade dos jogos que o N-Gage oferecia. Por mais que tentativas tenham sido feitas, com mudanças de design, etc, o videogame/celular da Nokia não convenceu e a empresa de celulares anunciou em 2009 que o console pararia de ser produzido a partir do ano seguinte.

Neo Geo Pocket

Mais um modelo de videogame portátil que surgiu, dessa vez em 1998. A SNK lançou o Neo Geo Pocket para competir com o popular Game Boy. Ao contrário de alguns exemplos que já vimos, o console da SNK tinha potência técnica até que decente e trazia jogos interessantes, que valiam a pena serem testados. Ainda assim, não foi o bastante para os consumidores e o Neo Geo Pocket teve péssimo índice de vendas. Com apenas 9 títulos lançados, o aparelho foi cancelado e a SNK faliu em 2001.

HyperScan

Em 2006 a Mattel lançou o HyperScan, um videogame destinado para as crianças. A proposta era apresentar o universo dos jogos eletrônicos para as crianças, sem que os pais precisassem se preocupar com a exposição de seus filhos à jogos violentos e inapropriados. O produto também não agradou, principalmente pelo seu design desleixado e o um software bem fraquinho. Pouco tempo depois do lançamento, o preço do HyperScan caiu drasticamente, como uma tentativa das lojas de se desfazerem do estoque do videogame, acumulado em seus depósitos.

64DD

O 64DD foi uma tentativa da Nintendo de competir com o console com leitor de cd’s da Sony, o PlayStation. Trata-se de um acessório lançado para o Nintendo 64 que permitia que os desenvolvedores criassem títulos com maior qualidade e ainda trazia incentivos para funcionalidades online. É, mas não funcionou. Em 1999, a maioria dos jogadores achou desnecessário e não queria funcionalidades online ou meios de salvar o desempenho no jogo que não fosse o já tradicional cartucho de save game. O 64DD só chegou a ser vendido no Japão e depois de apenas 15 mil unidades vendidas, foi descontinuado. 

Pois é, não só de consoles bem sucedidos vivem as grandes empresas, quem dirá as menores e as novatas, que apostam pesado na esperança de conseguirem agradar o exigente público dos games. É como diz o poeta: “A vida, ela não é fácil”. Nos vemos na próxima aventura!

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